Dessa vez não vou filosofar a respeito da minha ridícula obsessão por amor (da qual já estou curada) mas contar uma história sobre a minha vida... algo que me deixou mal durante uma semana inteira na qual eu não só chorei e bati a cabeça na parede (literalmente) como adquiri certas cicatrizes...Eu que nunca fui fã de religiões (não confunda isso com falta de crença em Deus... todo dia eu penso: "Deus, por favor exista!") fui a um retiro da igreja católica (por insistência da minha prima).
Tudo bem... eu ouvi o que eles tinham a dizer, concordei com algumas coisas, discordei de muitas outras coisas e ignorei algumas pq bem... realmente mereciam ser ignoradas...
Mas o foco não é esse... durante o retiro nós recebemos cartas de amigos... e eu toda sorridente retirei a primeira carta do envelope... era do meu melhor amigo, com quem por algum acaso do destino (assim acreditava eu) não estava conseguindo me comunicar nos últimos dias.
Para minha total surpresa a carta dizia que ele não queria ser mais meu amigo porque não aguentava, segundo ele, assistir eu me auto destruindo...
Foi um choque... Acho que César teve a mesma sensação quando foi apunhalado por Brutos...
passei uma semana relendo aquela porcaria e me debulhando em lágrimas...
Passou um tempo (e voltei a tomar a medicação que eu estava sem na época do retiro) e eu cheguei a conclusão de que ele não devia ser tão meu amigo assim então... (conclusão que cheguei com a ajuda de outro amigo dele, que na verdade esfregou isso na minha cara)
Eu até tinha pensado em mudar todo meu jeito para "merecer" que ele voltasse a falar comigo... (agora acho essa minha atitude bem ridícula e idiota)...
Mas td bem... quase um mês depois, eu resolvi ligar pra ele pra saber se ele realmente não queria falar comigo... ele disse "no momento não, mas não se preocupa que vai passar"
Então isso é só pra mostrar pra mim mesma o quanto eu fui imbecimente imbecil de acreditar em alguém...
Da tal amizade só sobrou a carta que está num mural no meu quarto pra que todas as manhãs eu levante e perceba o quanto fui estúpida...
