segunda-feira, 14 de maio de 2012

Banco carmesim

Faz frio.
Chove...
Eu me recolho e me encolho entre os cobertores... um calor tão efêmero quando comparado ao dos teus braços...
Pudor... não existe essa palavra em meus anseios por você... Que me confunde e não me mostra qual caminho seguir...
O banco carmesim se torna meu coração, onde só eu espero, sozinha, que vc volte... Esperando no fundo que na verdade vc nunca tenha ido...
Que seja só uma brincadeira de esconde-esconde...
Porque vc me procura? Porque deixa tudo caótico quando as aguas estavam quase paradas?
Gosta de brincar comigo?
Tudo bem.... Eu participo da sua brincadeira, onde as vezes sou a caça e outras sou o caçador...
Utopia...
Sem fim...
E me apego as suas ultimas imagens... Ao adeus que nem chegou a ser pronunciado... E mesmo se fosse... Vc é uma presença constante... Tão dentro de mim quanto meu próprio coração carmesim...
Rubro de sangue venenoso, que suja e corrói tudo que toca... O problema nunca foi vc... O problema sou eu... Que aguardo na chuva fria encontrar o calor de tuas asas... O fogo... que queima e talvez cure os rasgões desse vermelho sangue que escorre de um banco qualquer, num lugar qualquer onde eu te espero...