domingo, 8 de fevereiro de 2015

Velhos olhos castanhos

Me colho, me encolho e me recolho.
Meus pés molhados pela fria chuva, que nem ao menos é a poética chuva de novembro.
Olho meu reflexo na poça d'água mais próxima... São os velhos olhos castanhos de uma forma que a muito eu não os via...
Somente o vazio e a loucura.
Ah! Os velhos olhos castanhos que um dia cantaram para um outro olhar, um olhar esverdeado que emanava tudo aquilo que os cansados olhos que vejo precisavam...
Agora só o vazio dentro das pupilas, um cigarro na mão e uma memória doída que passa como um filme falho enquanto encharco os pés...

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