quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Eu sei que você (me) quer!


Você a quer, você a quer muito!
Mas ela está longe, distante, com os olhos vidrados em lugar nenhum.
Pele de seda, movimentos sutis, beleza quase inatingível.
E aquela sensação de que a mente esconde mais mistérios do que os que são possíveis de se decifrar.

O que tem essa garota de tão especial?

Sua aparência remete ao gelo, estática, pele polar, lábios marcados pelo frio, mas um frio gostoso, que você quer sentir de todas as maneiras.
Só que ela parece não se dar conta disso.
Está num pedestal, pernas levemente arqueadas, pés seguros, pálpebras sutilmente borradas, detalhes, linda.
E o que ela tem a dizer?
Muito! Até demais.
É segura, não dosa as loucuras soltas pela língua, desfaz pensamentos, destila o sexo, a cultura, o rock, as letras, e a bebida que pode ser sorvida levemente ou em goles homéricos e destemidos.

Como ter-me? Como decifrar-me? Como escalar o pedestal?
Essa resposta não existe.

Sou de gelo, mas não derreto!

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