segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Minhas poesias III

Há sete palmos

Ainda estou aqui sangrando
Quis a morte, desejei que o tempo parasse
Mas é inútil ficar se lamentando
Me vi no espelho e não reconheci minha face

Cedo ou tarde vou tirar você de mim
Minha alma vai enfim te esquecer
Sabe, não queria que fosse assim
Mas infelizmente é assim que tem que ser

Talvez eu comece a chorar
Talvez eu queira me esconder
Talvez eu comece a gritar
Talvez possa me arrepender
Talvez cometa um erro
Talvez seja o pior dos infratores
Mas no seu enterro
Não levarei flores

Quem agora está sangrando?
Quem agora desejaria que o tempo parasse?
Quem agora está se lamentando?
Quem agora não reconheceria a própria face?

Finalmente tirei você de mim
Minha alma pôde enfim te esquecer
Sabe, não queria que fosse assim
Mas infelizmente foi assim que teve que ser

Talvez eu tenha chorado
Talvez tenha me escondido
Talvez eu tenha gritado
talvez tenha me arrependido
Talvez tenha cometido um erro
Talvez seja o pior dos infratores
Mas no seu enterro
Eu não levei flores

Não deixarei pegadas
Pegadas num caminho errante
Tudo e todos estão tão calmos
E você distante
Há sete palmos
Há sete palmos

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